Boas Práticas Municipais no Envelhecimento Digno e Saudável

Um projeto certificado e registado pela SPIN OFF AGILidades, do Politécnico de Leiria

Com o número, cada vez maior, de pessoas idosas na sociedade, emergem novas questões ligadas ao envelhecimento. A longevidade como experiência positiva envolve tomar medidas preventivas na tentativa de garantir “dignidade pessoal, capacidade de participação social e um envelhecimento autónomo e independente” (Souza, 2017). Estas medidas têm relação com o chamado Envelhecimento Ativo, que a Organização Mundial da Saúde considera como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.

Sobre os pilares do Envelhecimento Ativo e sobre as barreiras para viver bem o envelhecimento, destacam-se, para o recorte deste programa: o uso do tempo de uma forma útil e significativa, considerada por cada indivíduo; e o direito ao ócio. Ambas as dimensões contribuem para um envelhecimento digno e saudável.

Jogar é uma atividade com sentido

No âmbito deste paradigma de Envelhecimento digno e saudável, surge o desenvolvimento do potencial de bem-estar físico, mental e social de uma pessoa idosa, a partir de experiências de ócio. De facto, as atividades realizadas durante toda a vida de uma pessoa, especialmente na velhice, devem estar em sintonia com suas necessidades, desejos e capacidades. O termo satisfatório refere-se ao bem-estar vivenciado ao se fazer algo com sentido e significado.

Jogar é um direito na velhice

A partir desses conceitos, seria, então, o jogo um ócio? Se o jogo acontecer pelo desejo de um indivíduo, com sensações de liberdade e desprendimento, pode ser uma atividade de ócio lúdico, e será uma real experiência de ócio lúdico se, neste caso, nascer um desejo de repetição da atividade. Nesta perspetiva, um indivíduo busca superar-se e aprimorar-se quando, então, não só o ócio lúdico estará revelado, mas também o ócio lúdico e valioso. Nesse contexto, é visível a necessidade da educação para o ócio, especialmente aos cuidadores (formais ou informais), com o propósito de desfazer preconceitos sobre o direito ao ócio e sobre o conhecimento das potências desse instrumento.

Jogar dá sentido à velhice

O ócio valioso é capaz de qualificar a última etapa da vida, dando sentido às ocupações diárias, pois proporciona o acesso à realização de experiências satisfatórias positivas, que enriquecem e desenvolvem os que se propõem a esse tipo de prática. Ele também nos separa da realidade quotidiana e favorece, a uma pessoa, o distanciamento momentâneo de si mesma, trazendo-lhe mudanças. O distanciamento do que nos é cotidiano, rotineiro, trazido pelo jogo, leva-nos a nos preencher com vivências motivadoras, que nos faz mudar o olhar sobre o que nos rodeia, de forma diferente do que nos traria o simples ócio (Cabeza, 2018).

Objetivos:

  1. educação para o ócio, especialmente no setor social, com o propósito de desfazer preconceitos sobre o direito ao ócio e sobre o conhecimento das potências desse instrumento;
  2. dotação de kits de jogos terapêuticos, especialmente desenhados para a pessoa idosa;
  3. desenvolvimento de programas de ação-investigação na área dos Jogos terapêuticos na pessoa idosa, com finalidade de promover ações felizes e significativas de aprendizagem ao longo da vida;

 

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